quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A Transferência de Javi Garcia e Witsel e a o modelo de jogo do SL Benfica nas suas 4 fases para 2012/13.


A Transferência de Javi Garcia e Witsel e a o modelo de jogo do SL Benfica nas suas 4 fases para 2012/13.

Desde a chegada de Jorge Jesus ao Benfica que o modelo de jogo implementado se mantém praticamente inalterado nas suas 4 fases de jogo, com a principal diferença a residir na utilização do duplo pivot, possibilitada pela chegada de Witsel, no processo defensivo durante a época passada. Com a saída de um jogador de meio campo nuclear neste modelo (Javi) e um jogador com a inteligência táctica (momento para acelerar ou parar o jogo e colocação no terreno) como Witsel, coloca-se a questão de como o Benfica irá suprir estas saídas, pois não existem jogadores gémeos na forma de jogar.


Considerando as 4 fases de jogo como o Processo Ofensivo e Defensivo e as Transições Ofensivas e Defensivas, foi na transição defensiva que sucedeu a principal diferença entre a 1ª e a 2ª épocas, sendo que no primeiro ano os jogadores imediatamente após a perda da bola efectuavam uma pressão alta (no meio campo adversário) para rapidamente a recuperarem e criarem situações de finalização e na 2ª época esta transição era baseada numa tentativa rápida de recuperação (mas pelas características diferentes dos alas Di Maria – Gaitan e Ramires – Salvio que exerciam menos pressão no portador da bola) se não se conseguisse essa recuperação, rapidamente procurava ocupar as posições para se organizar defensivamente. Nestas 2 épocas o processo defensivo desenhava-se em 1-4-1-3-2.

No início da 3ª época com a chegada de Witsel a equipa transformou a transição defensiva para uma ocupação de espaços preferencialmente à recuperação imediata da bola, colocando Javi e Witsel muitas vezes como duplo pivot e com Aimar e Cardozo na sua frente, desenhando no processo defensiva um 1-4-4-2.
Para o processo e transição defensiva a saída de Javi será na minha opinião bem colmatada por Matic apenas com alguma perda de agressividade no centro do terreno. Já a saída de Witsel não tem no plantel um substituto equivalente que desempenhe o mesmo papel no processo ou na transição defensiva, sendo na minha opinião Carlos Martins quem mais se aproxima, mas com dificuldade em ocupar os espaços para fazer uma linha de 2 pivots com Matic. Sendo assim Jesus tem a opção de voltar à ideia da primeira época com Matic a 6 e apenas Aimar ou Carlos Martins (Bruno César, Gaitan?) à sua frente como 10 e dois avançados Cardozo e Rodrigo (fazendo de Saviola), aproveitando a maior capacidade de pressão e inteligência táctica de Enzo Perez do lado esquerdo (jogador que na Argentina chegou a jogar a interior direito) e a atual maior capacidade de Salvio defender. Com esta solução a perda de Witsel na questão do Modelo (ideia) de jogo seria menos notada, com um regresso ao passado (1ª e 2ª épocas) com as lacunas defensivas que se conheceram nessas épocas principalmente a nível europeu.
Na transição e processo ofensivo com a opção de início de época da dupla de avançados, de Cardozo e Rodrigo julgo que a saída de Witsel abre espaço para que a 10 jogue Aimar ou Carlos Martins, com as implicações defensivas que abordamos nos parágrafos anteriores. A principal dificuldade no processo ofensivo será perceber até que ponto Matic irá conseguir ocupar o espaço entre Luisão e Garay quando no primeiro momento do Processo Ofensivo os laterais formam uma linha no meio campo, saindo em 1-3-3-4 ou 1-3-3-3-1
Assim na minha opinião ao contrário do que se possa pensar julgo que a saída de Witsel terá mais implicações no Processo/Transição Defensiva, podendo obrigar Jesus a regressar ao passado recente, e a saída de Javi Garcia tem um substituto perfeito para o Processo/Transição Defensiva, criando dificuldades na saída para o ataque, pois Matic terá que refrear os seus impulsos para acompanhar a equipa quando em posse (subindo demasiado no terreno e criando desequilíbrios).  




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