A Transferência de Javi Garcia e Witsel e a o modelo de jogo do SL Benfica nas suas 4 fases para 2012/13.
Considerando
as 4 fases de jogo como o Processo Ofensivo e Defensivo e as Transições
Ofensivas e Defensivas, foi na transição defensiva que sucedeu a principal
diferença entre a 1ª e a 2ª épocas, sendo que no primeiro ano os jogadores
imediatamente após a perda da bola efectuavam uma pressão alta (no meio campo
adversário) para rapidamente a recuperarem e criarem situações de finalização e
na 2ª época esta transição era baseada numa tentativa rápida de recuperação
(mas pelas características diferentes dos alas Di Maria – Gaitan e Ramires –
Salvio que exerciam menos pressão no portador da bola) se não se conseguisse
essa recuperação, rapidamente procurava ocupar as posições para se organizar
defensivamente. Nestas 2 épocas o processo defensivo desenhava-se em 1-4-1-3-2.
No
início da 3ª época com a chegada de Witsel a equipa transformou a transição
defensiva para uma ocupação de espaços preferencialmente à recuperação imediata
da bola, colocando Javi e Witsel muitas vezes como duplo pivot e com Aimar e Cardozo
na sua frente, desenhando no processo defensiva um 1-4-4-2.
Para
o processo e transição defensiva a saída de Javi será na minha opinião bem
colmatada por Matic apenas com alguma perda de agressividade no centro do
terreno. Já a saída de Witsel não tem no plantel um substituto equivalente que
desempenhe o mesmo papel no processo ou na transição defensiva, sendo na minha
opinião Carlos Martins quem mais se aproxima, mas com dificuldade em ocupar os
espaços para fazer uma linha de 2 pivots com Matic. Sendo assim Jesus tem a
opção de voltar à ideia da primeira época com Matic a 6 e apenas Aimar ou
Carlos Martins (Bruno César, Gaitan?) à sua frente como 10 e dois avançados
Cardozo e Rodrigo (fazendo de Saviola), aproveitando a maior capacidade de
pressão e inteligência táctica de Enzo Perez do lado esquerdo (jogador que na
Argentina chegou a jogar a interior direito) e a atual maior capacidade de
Salvio defender. Com esta solução a perda de Witsel na questão do Modelo
(ideia) de jogo seria menos notada, com um regresso ao passado (1ª e 2ª épocas)
com as lacunas defensivas que se conheceram nessas épocas principalmente a
nível europeu.
Na
transição e processo ofensivo com a opção de início de época da dupla de
avançados, de Cardozo e Rodrigo julgo que a saída de Witsel abre espaço para
que a 10 jogue Aimar ou Carlos Martins, com as implicações defensivas que
abordamos nos parágrafos anteriores. A principal dificuldade no processo
ofensivo será perceber até que ponto Matic irá conseguir ocupar o espaço entre
Luisão e Garay quando no primeiro momento do Processo Ofensivo os laterais
formam uma linha no meio campo, saindo em 1-3-3-4 ou 1-3-3-3-1
Assim
na minha opinião ao contrário do que se possa pensar julgo que a saída de
Witsel terá mais implicações no Processo/Transição Defensiva, podendo obrigar
Jesus a regressar ao passado recente, e a saída de Javi Garcia tem um
substituto perfeito para o Processo/Transição Defensiva, criando dificuldades
na saída para o ataque, pois Matic terá que refrear os seus impulsos para
acompanhar a equipa quando em posse (subindo demasiado no terreno e criando
desequilíbrios).
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